A principal lesão dos corredores derrubou até heróis da Mitologia Grega…
Causas
- Excesso de peso
- Qualquer treinamento de alta demanda
- Pronação ou supinação excessivas
- Aumento de velocidade e quilometragem nos treinos
- Excesso de subidas e pouco repouso nos treinos
- Falta de alongamento, aquecimento e flexibilidade muscular
- Fraqueza e desequilíbrio da musculatura
- Desidratação, alimentação incorreta e toxinas no organismo
- Doenças de base e medicamentos
Sintomas
- Dor pela manhã ao caminhar, em trotes curtos e depois de repouso
- Dor ao direcionar o pé para cima (flexão dorsal passiva)
- Dores no local que não desaparecem após o aquecimento
- A área torna-se rígida, quente, inchada, avermelhada e dolorosa à palpação
- Estalidos iguais ao atrito de cabelos entre os dedos (crepitação)
Tratamento
- Aplicação de gelo
- Anti-inflamatórios
- Fisioterapia baseada no fortalecimento muscular excêntrico
- Correção de anormalidades como pronação ou supinação excessiva
- Exercícios de propriocepção e massagem
- Diminuição do ritmo de corrida até a cura completa
- Imobilização de seis a oito semanas
- Cirurgia
Prevenção
- Alongamento dos músculos e tendões da região, antes e depois da corrida
- Fortalecimento da panturrilha e da face anterior da perna
- Aumento máximo de 10% na carga semanal de treinos
- Palmilhas ou calcanheiras (sob orientação médica)
Retorno às corridas
- Sem dor e inflamação, e após fortalecimento muscular
- Depois de fortalecer a panturrilha, evitando o esforço do tendão
- Alongamento dos músculos isquiotibiais (semitendinoso, semimembranoso e bíceps da coxa)
- Quantificar força e equilíbrio com teste isocinético para alta clínica
Membrana e tendão de Aquiles, que ligam a musculatura da panturrilha ao calcanhar inflamam e provocam dores atrás do calcanhar
Empolgado com seu rendimento, você confunde uma dor atrás do calcanhar com suas queixas musculares, e insiste em correr. O problema aumenta, e num triste dia você experimenta um rompimento do tendão de Aquiles. Os estágios seguintes: dores lancinantes, cirurgias e uma longa recuperação. Mas você pode mudar essa história!
O tendão de Aquiles é um tecido fibroso que liga a musculatura da panturrilha ao calcanhar, responsável por movimentar os pés para baixo. Ganhou esse nome da mitologia grega — por causa da única parte vulnerável do herói das guerras, e a expressão virou sinônimo de “principal fraqueza”.
O tendão de Aquiles é o mais exigido. Mesmo capaz de suportar 12 vezes o peso do corpo, o tendão de Aquiles sofre com o impacto provocado pelas corridas, diretamente proporcional à massa corporal e à velocidade do corredor. A pressão maior do que a resistência resulta em irritação, inflamação ou degeneração do tendão.
A ruptura espontânea do tendão de Aquiles também é frequente. Ela ocorre motivada pelas chamadas doenças de base (tabagismo, colesterol alto, diabetes, hipertensão) ou medicamentos (anabolizantes, grupos de antibióticos, remédios contra acne).
Como acontece a tendinopatia de aquiles
As lesões de tendão (tendinopatias) incluem tendinites na parte interna e na externa (paratendinite), evoluindo para degenerações (tendinose). O tendão de Aquiles é revestido por uma membrana (paratendão) cuja cicatrização após qualquer ferimento provoca dores quando muito movimentada (paratendinite).
A continuidade dos exercícios, com o aumento da temperatura e a flexibilidade do tendão, faz desaparecerem essas dores, mas deixa a cicatriz mais espessa e menos elástica. A insistência do corredor em treinar torna as dores maiores e mais frequentes, e a doença (tendinose aquiliana), gradativa e de longo prazo, enfraquece os músculos da panturrilha. Com a degeneração do tendão, aumenta a possibilidade de rompimento grave. E aí, só com cirurgia.
O diagnóstico da tendinopatia de Aquiles deve ser feito por especialista, e vai da palpação do local a exames de ultrassom e ressonância magnética. Nesse ponto, a atividade esportiva já deve ter sido interrompida. O tratamento analgésico e anti-inflamatório, com fisioterapia, dura até 12 semanas.
Fonte: site 02corre.
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